Iberê Camargo e Jockey Club

A visita à fundação Iberê Camargo e ao Jockey Club foi muito interessante, primeiramente por ter conhecido locais de grande importância arquitetônica e segundo, pela oportunidade de realizá-la juntos dos nossos professores.

Fundação Iberê Camargo - Álvaro Siza
Porto Alegre

A fundação Iberê Camargo impressiona desde sua chegada, no átrio, com a visão de todos os andares do local, com uma iluminação incrivelmente leve, imitando a luz natural. A forma pura, contrapõe a linha reta com curvas suaves, conectando o exterior com o interior através de detalhes cuidadosamente explorados. Um exemplo, é o detalhe da porta com o banco, algo simples, porém surpreendente. As soluções construtivas bem resolvidas também despertam o interesse nos acabamentos de corrimãos e pisos.
O que chama atenção, mesmo antes de entrar na fundação, são suas passarelas, que "abraçam" o prédio. No interior, isso se reflete na ''divisão'' do espaço, de um lado estão as salas de exposições, ortogonais e funcionais, de outro as rampas, sinuosas e orgânicas.
As aberturas são pouco encontradas ao longo do caminho percorrido enquanto se visita o museu, porém em lugares estratégicos, não ficam perto das exposições, para não dispersar a atenção, sendo assim, podemos encontrá-las nas passarelas, e túneis que estas formam, formando verdadeiras obras de arte com suas vistas.
As demais salas, no subsolo também chamaram muito minha atenção, percebe-se a preocupação que Siza teve com cada detalhe deste projeto impressionante, "quase uma escultura", como o próprio diria.

Jockey ClubRomán Fresnedo Siri
Porto Alegre



Chegando ao Jockey, não chamou tanto a minha atenção como no Iberê, também pelo estado pouco conservado que se encontra, logo depois de algumas observações, entende-se a escolha da visita à este lugar, principalmente por ser um projeto não tão recente. O mais curioso do projeto, e também o que mais chama a atenção, é a parte estrutural das arquibancadas, sua cobertura encontra-se em balanço, compensado no lado oposto por tirantes. Seu volume composto todo por vidro, foi algo que me agradou, principalmente visto da parte interior do prédio, as escadas em espaço aberto entra em harmonia com a vista permitida pelos vidros. A partir da predominância do envidraçamento, surgiu a necessidade de proteger a fachada do aquecimento do sol, por isso estão instalados brises, parecidos com a cobertura da arquibancada, filtram o sol mas não escondem  a vista. Também existe curvas no seu interior, e a alteração feita mais recentemente no prédio, entra em conflito com a ligação existente entre elas, nos fazendo perceber a importância de cada detalhe do projeto.

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